sábado, 30 de julho de 2016

MÉTODOS OU TÉCNICAS?



7 TÉCNICAS UTILIZADAS


O método de evangelismo se utiliza de técnicas para a realização da evangelização.  As técnicas utilizadas poderão ser usadas por grupos ou de forma individual. A eficácia na distribuição da informação se dará de acordo com o comprometimento de cada agente envolvido e as técnicas utilizadas.
Algumas técnicas utilizadas na evangelização podem ser eficazes, se utilizadas de forma correta.  Segundo Rainer (1996), que, por sua vez, realizando um estudo no sul dos Estados Unidos com os líderes de 576 igrejas Batistas tradicionais, destacou alguns pontos importantes. A pesquisa está relacionada não ao crescimento, e sim a eficácia da evangelização dentro das igrejas entrevistadas, através de algumas técnicas utilizadas desatracam-se as seguintes:
Tabela 1 - Pesquisa realizada nos Estados Unidos da América com 576 Igrejas tradicionais - 1996
%
Posição dos membros quanto ao evangelismo

71%    Veem de forma negativa o evangelismo por eventos
16%    Atividades de reavivamento não contribuíram em nada para evangelismo
76%    Concordam que evangelismo eficaz requer treinamento
42%    Possuem algum tipo de programa de treinamento para evangelismo
86%    Afirmam que a posição geográfica da igreja não contribui no evangelismo
98%    Oração é fundamental para evangelização
60%    Escola dominical é eficaz como forma de evangelismo
50%    Concordam que o Ministério de jovem contribui no evangelismo
50%    Concordam que o Ministério de louvor é importante
90%    Acreditam que pregação do pastor contribui fortemente para evangelismo
60%    Testemunho evangelístico dos membros contribui
90%    Concordam que ir até as pessoas, é fator relevante na eficácia
14%    Evangelismo é ministério mais fácil e natural de todas as igrejas
40%   Concordam que o ministério familiar é eficiente
18%   Concordam que o ministério de aconselhamento contribui no evangelismo
FONTE: RAINER, Thom. Effective evangelistic churches. Igrejas Evangelisticamente Eficazes. Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers, 1996. P.158

Os dados demonstrados são referentes uma pequena amostra no universo do evangelismo, contudo se destaca um detalhe significativo da pesquisa, ela mostrou que para as igrejas pesquisadas, os grandes eventos não são considerados proveitosos para a sua comunidade, onde existe um investimento muito grande de dinheiro e poucas pessoas aceitam Jesus ou se batizam nestas localidades.
Todo esse tempo, esforço, e dinheiro, e nenhum resultado. Suponho que se alguma dessas pessoas foram realmente salvas, então tudo valeu a pena. Mas eu realmente não estou seguro que as decisões tomadas foram genuínas. Resposta de um pastor entrevistado (RAINER, 1996, p. 25).
Investir dinheiro e tempo em campanhas evangelísticas simplesmente pelo fato das pessoas não se voltarem para as denominações as quais promoveram o evento, não significa que não tenham procurado outras denominações e não tenham ouvido a mensagem. Então, não se pode considerar ineficiente e ineficaz. Haveria de ter um acompanhamento com todas as pessoas ao longo de muito tempo para se comprovar se foram genuínas ou não a sua decisão.
Outros autores consideram que a evangelismo não se trata de grande mobilização, mas a falta de interesse de alguns da comunidade para projetos evangelísticos.
Conforme Ferreira et al (2008, p.11) afirmam “Evangelismo não é sinônimo de grandes movimentos ou eventos. Muitas igrejas deixam de evangelizar, porque não possuem projetos ou grandes equipes.”
Em contrapartida alguns autores apoiam os grandes eventos ou campanhas evangelísticas, em destaque no Canadá, onde declaram a grande importância em algumas igrejas, fazendo delas uma forma de alcance de pessoas por meio do anúncio das boas novas. Como afirma Smith, (218, p.113), “A maioria dos crentes se converteu em campanhas evangelísticas ou durante período de avivamento espiritual. Calculo que sessenta por cento dos crentes ganhos para Cristo [...]”
Os fatores mais destacados na pesquisa são: 98% concordam que a oração é determinante, 90%, a pregação do pastor contribui fortemente para a evangelismo e 90% consideram ir até as pessoas uma forma eficaz no evangelismo. Esses pontos deixam claro que a maior parte acredita que a evangelização é designada para o púlpito e que a oração contribui. (RAINER, 1996)
“Talvez mais do que qualquer outro assunto, nós descobrimos que as igrejas que alcançam com sucesso os perdidos focam nas bases: pregação bíblica, oração, missões, estudos bíblicos. Este assunto é recorrente no livro inteiro” (RAINER, 1996, p.39)
Essa afirmação demonstra aparentemente uma posição de algumas igrejas tradicionais, onde rejeitam outras técnicas. O evangelismo em suas denominações se caracterização com um evangelismo tradicional, missões, escola dominical como apoio principal, e oração. Não estão abertas para outras técnicas. Contudo a pesquisa demostra a eficácia do método de evangelização quando este é prioridades na congregação. Mostrando como exemplo a Igreja de Emmanuel Baptist que alcançou um número considerado de pessoas, embora seja uma igreja considerada mediana.
Segundo Rainer (1996, p.2),
O nosso interesse chegou ao ponto máximo quando essa igreja com quantidade mediana de membros batizou 50 pessoas em um ano. Isto é, uma pessoa alcançada para Cristo a cada 4 membros! Na convenção dos batistas do sul, a média é de 1 membro convertido a cada 40 membros existentes
Tal igreja tem uma visão evangelística com exploração de evangelismo e treinamento contínuo de testemunho; os novos convertidos são acompanhados pelo pastor; possuem aulas para ensino; o culto é tradicional; a oração é considera como papel principal no evangelismo; escola dominical; pregação é prioridade para ênfase evangelística; a igreja tem forte ênfase em missão. (RAINER, 1996)
Todavia, embora a pesquisa tenha uma amostragem pequena para um universo de várias denominações tradicionais, ela traz revelações relevantes para o presente trabalho, confirmando que as igrejas, tradicionais ou não, se tiverem a evangelização como prioridade em suas denominações, sejam quais forem as técnicas utilizadas, o resultado será satisfatório. Seria importante realizar uma pesquisa quantitativa com várias igrejas tradicionais ou não, com uma amplitude significativa para uma resposta mais conclusiva.

7.1  Recursos Tecnológicos e Sua Eficácia


            Nesta abordagem sobre as técnicas utilizadas na evangelização cabe analisar os recursos tecnológicos, considerando épocas nas quais eles não existiam e mesmo assim o evangelismo ocorria de forma eficaz, como também contemplar épocas recentes nas quais eles estão sendo muito utilizados, e assim perceber de que forma podem ser encarados de forma salutar para o desenvolvimento da tarefa evangelizadora da igreja.

 

7.2 Técnicas sem Recursos Tecnológicos


            Embora antigamente não houvesse técnicas com recursos tecnológicos para difundir a informação do evangelho, a evangelismo foi difundido e ampliada por todo o mundo, conforme acentua Neves (2007, p.28),
Durante dois mil anos, desde a fundação do Cristianismo, a evangelização foi feita olho no olho. Ao longo dos séculos, os seguidores de Jesus cumpriram o “Ide” do Mestre anunciando a Palavra com os meios com que dispunham – ou seja a força das cordas vocais e uma boa dose de disposição física. Os evangelistas primitivos palmilharam os quatros cantos do globo a pé e em lombo de animais. Mas tarde vieram as longas jornadas a bordo de navios, trens fumegantes, e deslocamento rodoviário, tudo para levar as Boas Novas do Evangelho aos perdidos.
Segundo Smith (2002) esta foi uma época de evangelismo heroico, uma época que já desapareceu para nunca mais retornar. Aquele período teve seu encanto próprio, muito especial. Para o autor era uma época sem grandes recursos tecnológicos, e grandes meios de comunicações, ainda assim, milhões de pessoas eram alcançadas por meio da evangelização, um momento que foi marcado pela disposição.
Sem grandes recursos tecnológicos, a América viveu um avivamento estrondoso em Los Angeles, nos EUA ano de 1906, e no País de Gales ano de 1904. O principal instrumento daqueles homens foi a entrega total a Deus, o forte desejo por ter uma nova comunhão. A entrega constante, a oração e a busca por querer mais Dele, foi o estopim necessário para o derramamento do poder do Espírito e muitos foram alcançados pela unção. A igreja primitiva parecia ter retornado, os Dons do Espírito Santo tiveram em evidência, tudo era feito para voltar ao primeiro amor. O amor de Cristo reacendeu em todos. (BARTLEMAN, 1980).
Um fato ocorrido em Los Angeles - EUA ano de 1906 - foi o divisor de águas para o avivamento do cristianismo. Pode-se constatar através dos fatos verídicos relatados no livro Reavivamento da Rua Azusa. Com um forte desejo por um avivamento pessoal o Pr. William Joseph Seymour, um pregador afro americano junto com outros membros e o desejo de levar as Boas Novas do Evangelho ao maior número de pessoas possível. Teve início com uma reunião em 14 de Abril de 1906. Após tal reunião o empenho através da entrega de folhetos, evangelismo pessoal, oração e pregação do evangelho, a história da igreja mudou completamente e também a vida das pessoas as quais presenciaram o derramamento do Espírito Santo na Rua Azusa. (BARTLEMAN, 1980).
Todos os acontecimentos relatados tonaram-se um divisor de águas na igreja contemporânea. Fatos que até hoje, mais de um século passado, repercutem em muitas igrejas. Tal testemunho leva a uma análise quanto à eficácia do evangelismo sem técnicas tecnológicas utilizadas na igreja antiga.
Embora as técnicas sejam variadas nos dias atuais, a história mostra não haver a necessidade de grandes meios para levar a informação. Na igreja primitiva, o tempo não era otimizado, pois levava-se muito tempo nas viagens evangelísticas, como também os meios utilizados eram a tradição oral e poucos escritos. Somente com o passar do tempo esta condição foi sendo transformada. Embora com todas as dificuldades impostas pelas condições naturais da época, o evangelismo ocorreu e se expandiu, mostrando assim sua eficiência de acordo com o tempo histórico.
Desta forma, conforme o exposto, seja através de folhetos, revistas, pregação direta, ou cruzadas evangelísticas e ainda que não haja grandes recursos tecnológicos o evangelismo sempre acontece, contudo a eficácia dependerá das técnicas utilizadas para otimizar o tempo.

 

7.3 Técnicas com Recursos Tecnológicos


            As técnicas utilizadas com recursos tecnológicos na igreja contemporânea ampliaram a evangelização contribuindo ainda mais na eficácia.
As técnicas podem ajudar o método de evangelismo. Hoje a evangelização também se dá através de vários recursos como: TV, rádio, internet, CDs, DVDs, filmes, etc. estes meios ajudam a levar as Boas Novas. Deste modo, pensando na importância disto, será abordado na pesquisa o evangelismo por meio da TV, rádio e internet.
A rádio ocupa um lugar privilegiado na pregação do evangelho e sem dúvida tem sido um dos meios tecnológicos mais utilizados no evangelismo e pode ser visto no Brasil, por exemplo, desde tempos bem remotos.
Conforme Fajardo (2012) nas ondas do rádio o evangelho se expandiu no Brasil a partir de 1938, quando se iniciou a primeira transmissão do evangelho através do rádio, com um programa intitulado A Voz Evangélica do Brasil. Um programa que ia ao ar todos os domingos, cuja formação era derivada de várias igrejas evangélicas como: Presbiteriana, Metodista, Congregacionais, Batistas e Episcopais. O trabalho de evangelização foi difícil na época, pois havia uma grande perseguição aos evangélicos e seus programas de rádio. Já na década de 50 os pentecostais também passaram a utilizar este tipo de evangelização. Na década de 60 e 70 as Igrejas do Evangelho Quadrangular, Igreja Pentecostal Deus é Amor e Igreja Brasil para Cristo, foram denominações que tiveram um crescimento considerável a partir da utilização da rádio como meio de evangelização.
Assim como a rádio, a televisão também é considerada uma ferramenta tecnológica considerada importante no evangelismo e assim digna de ser mencionada aqui.
Fernandes (2008) destaca em sua reportagem o evangelista Billy Graham como o maior ganhador de almas da igreja contemporânea, mostrando o quanto ele já levou milhares de pessoas a conhecer o evangelho e também menciona a acerca do Projeto Minha Esperança, o qual teve a TV como recurso principal. Projeto considerado como Campanha evangelística baseada em programas e discipulados pessoal pelo mundo. Relata que o grande avanço e sucesso da evangelização através do projeto se dá por meio da Televisão, pois segundo a matéria, 80% dos lares possuem uma TV. As pessoas são estimuladas a chamarem parentes e amigos para assistirem juntos as pregações e os discipulados. Fazendo com que o crescimento da evangelização seja considerado grandioso.
            A facilidade que a comunicação televisionada proporciona as pessoas é evidente. A comodidade de ouvir uma pregação em sua casa não deixa de ser uma forma de evangelização, pois ao invés da informação ser transmitida apenas para uma pessoa, na TV ela é transmitida para milhares ao redor do mundo ao mesmo tempo, fazendo com que a informação alcance mais pessoas em vários lugares.
            Outra ferramenta para evangelização são os computadores, as redes sociais, os cultos on-line que chegaram para ficar e conquistar o seu lugar no mundo cristão através da internet.
Conforme Simas (2008, p.9),
 As novas tecnologias chegaram para revolucionar o mundo – e a fé cristã, evidentemente não podia ficar de fora. Se, em tempos passados, o computador chegou a ser visto como instrumento mal por muitos crentes, hoje essa máquina é ferramenta para edificação do povo de Deus. E mais: através dele, evangélicos antenados estão descobrindo variadas e eficientes formas de evangelização      
Conforme Neves (2008, p. 28),
O evangelista do século 21, tem à disposição ferramentas como notebook, conexão de internet em banda larga, e aplicativo de conexão on-line. Hoje, como ontem, vale lançar mão de tudo para tornar o nome de Jesus Cristo conhecido a toda criatura. Nesta era high-tech, dá até para fazer uma releitura da célebre frase do evangelista britânico John Weley: “O mundo virtual é minha paróquia”.
É notório a ampliação das técnicas tecnológicas e seu uso no evangelismo. Alguém que encontra-se no Canadá, pode ouvir uma pregação no Brasil via online. A mensagem que antes demorava dias, ou até meses para chegar, hoje leva segundos.
Segundo Morais (2012, p.60) “Longe da pretensão de substituir a figura física do pastor, fazer a transmissão de cultos online, nada mais é do que adaptar-se a uma ferramenta nova de evangelização e canal de mensagem”.
Muitas igrejas estão aderindo a transmissão de culto via internet, fazendo desse meio uma nova forma de evangelização. Só não ouve, ler ou assiste algo relacionado as boas novas, quem não desejar.
Entretanto para alguns, consideram toda essa informação lançada na internet sem valor. É o que afirma Endo (2008, p. 47) “Milhares de blogs, site, portais evangélicos são um amontoado de páginas com informações inúteis para a missão da igreja”
Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo tem acesso a informação, e ao evangelho. A pesquisa leva em conta a ampliação da informação através do método de evangelismo. Filtrar as informações vai depender do interesse de cada um em buscar e conhecer mais acerca do evangelho.

Enfim, conforme o exposto na presente pesquisa, a eficácia do método consiste na distribuição da informação utilizando os meios adequados. Se o receptor acolhe tal informação, não cabe a eficácia do método avaliar. Para o método ser considerado eficaz existe a necessidade de colocá-lo em prática através de vários meios, como alguns citados na pesquisa. Caso contrário o método fica estagnado, esperando para ser utilizado. Quando as pessoas não assumem a responsabilidade na distribuição da informação, ou seja, não evangelização, “aparentemente” o método de evangelismo parece tornar-se ineficaz. Todavia, ele continua eficaz, o homem sim, torna-se ineficaz em sua ação, por não utiliza-lo para o objetivo certo, que seria o alcance de maior número de pessoas no menor tempo possível, demonstrando assim alta eficácia na empregabilidade do evangelismo.

Angélica Dantas



REFERÊNCIAS


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MÉTODO OU MÉTODOS DE EVANGELISMO?



6  MÉTODOS DE EVANGELISMO


            Entender se existem vários métodos de evangelismo ou se existe o método de evangelismo, são pontos a serem abordados no presente capítulos. Tal compreensão é de grande importância para que não haja confusão na empregabilidade do termo.

6.1 Definindo Método


            O termo método é comumente usado no dia-a-dia e nem sempre é entendido corretamente, diante disso se faz importante entender como surgiu a necessidade de se estabelecer métodos, o que, por sua vez, trará também sua correta significação da terminologia empregada.
Segundo Gonçalves (2015, p 19),
Na época de Descartes (Séc.XVII), já muito se havia pensado em método, pois caracterizou a origem da ciência moderna.  Como observamos há muito tempo a preocupação em determinar os parâmetros para se obter um método a ser utilizado não só ciência, como também em nosso contexto diário, como o próprio termo define: método é o caminho a ser utilizado para um determinado fim.
Definindo então método Gonçalves afirma:
(Do Latim Methodus) significa etimologicamente, “necessidade” ou “demanda”. Num sentido mais específico, tem o sentido de modo de proceder, uma maneira de agir, um meio ou um caminho para se atingir um fim. Num sentido mais restrito, ele é definido como um programa, um roteiro ou um conjunto de ações em vista de determinado fim. (FRAGOSO, 2011 apud GONÇALVES, 2015, p.20)
Para Ciribelli (2003, p.30), “Assim, o método é um procedimento geral baseado em princípios lógicos que podem ser comuns a várias ciências”. Como também se pode afirmar que “Método é a orientação básica para se atingir determinado fim”. (GALIANO, 1979 apud CIRIBELLI, 2003, p.30). Partindo dos conceitos expostos, percebe-se a importância do método para atingir o objetivo proposto e assim é relevante também identifica-lo e defini-lo para que se possa alcançar tais finalidades.
 O método é um caminho sistematizado, por onde se pode chegar a um fim necessário, na construção da verdade e na formação do intelecto. Toda a formação intelectual do homem se dá por meio de um método. Se o homem não tiver uma direção ele não alcança o objetivo. Seria esse o intuito segundo Gonçalves (2015, p.13) quando escreve “Sem sistematizar o modo pelo qual se pode conhecer, não iremos chegar a lugar algum. Se o espírito humano cultivar sua autonomia e conduzir-se por um “método” alcançará a verdade”.

6.2  Análise da Existência de Métodos ou Método de Evangelismo


            Quando se trata da evangelização como tarefa da igreja, também se pensa em métodos para executar e cumprir esta missão com êxito. Se faz necessário então analisar se existem vários métodos no evangelismo ou não, para um melhor entendimento, pois como visto anteriormente, o método é o caminho, a trajetória, a forma que se utiliza para chegar a um objetivo. A evangelização é a forma pela qual a igreja se dispõe para levar as boas novas, ou seja, é o caminho, a forma utilizada para a proclamação.
Conforme afirma Smith (2002, p.92) o evangelismo é o próprio método da evangelização: “Entretanto, o evangelismo não está morto. De forma nenhuma. E nem mesmo poderá morrer, porquanto é o grande e único método que Deus usa para realizar a Sua obra”.
Segundo a afirmação do autor supracitado não existem os métodos e sim um único método o evangelismo, ele é como já foi abordado no capítulo anterior. O caminho utilizado para levar o evangelho é o anúncio das Boas Novas de Deus e se dá através do evangelismo que se constitui no meio para alcançar os fins desejados. O conjunto de ações podem ser diferenciados, entretanto terão um único fim: levar o evangelho, consequentemente a ação de evangelização. O meio empregado nessa distribuição da informação tem como único objetivo levar o evangelho. Qualquer procedimento, conjunto de ações ou caminho utilizado pela evangelização, resultado será na distribuição da informação, através dos meios, os quais serão abordados no próximo capítulo.
Neste caso, é necessário distinguir os termos:
Evangelização é a proclamação do Evangelho do Cristo crucificado e ressurreto, o único redentor do homem, de acordo com as Escrituras, com o propósito de persuadir pecadores condenados e perdidos a pôr sua confiança em Deus, recebendo e aceitando a Cristo como Senhor em todos os aspectos da vida e na comunhão de sua Igreja, aguardando o diade sua volta gloriosa.[1]
Da mesma forma Stott (1989, p.53) também afirma:
Evangelização é a difusão por todo e qualquer meio das boas novas de Jesus crucificado, ressurreto e agora reinando. Inclui também o diálogo em que nos colocamos com humildade e disposição em atitude de atenção, a fim de compreendermos o outro e sabermos como apresentar-lhe Cristo significativamente. É a proposta, apoiada na obra de Jesus, de uma salvação que é tanto posse presente como perspectiva futura; tanto libertação em face do eu como libertação para Deus e o homem. Parte dele o apelo para uma resposta total de arrependimento e fé, denominada “conversão”, princípio de uma vida inteiramente nova em Cristo, na igreja e no mundo.
Segundo Stott (2008, p.39) também “a evangelização não deve ser definida em termos de métodos. Evangelizar é anunciar as Boas Novas, não importa como o anuncio é feito. É levar as Boas Novas qualquer que seja o método”.
 Stott (2008) define métodos como levar o evangelho para pessoas, ou multidões; meios impressos como figura ou filme; Obras de amor para com semelhante; por meio da família resplandecendo Jesus no lar; uma vida transformada.
Para o autor supracitado o falar, meios impressos, obras de amor, vida, são métodos de evangelização e que existem vários métodos para levar as Boas Novas, não importando quais sejam. Como vimos, o método como definição sendo um roteiro ou conjunto de ações para um determinado fim. Pois todos os meios levam ao anúncio do evangelho, ou seja, distribuir a informação de qualquer forma. Então se é um roteiro ou um conjunto de ações, evangelização engloba todas as ações. Evangelizar é anunciar, meio principal, o que difere é como o anuncio é feito.
Neste caso o evangelismo é o método, conforme Ferreira (2001, p.29) aponta como o conjunto de fatores importantes para a evangelização.
Naturalmente, o evangelismo considera o evangelista, a mensagem e o pecador a ser alcançado com o Evangelho. Nesse conjunto, o evangelismo trata da capacitação espiritual do evangelista e de todo o seu preparo, bem assim, define a mensagem, sua estrutura e a maneira como deve ser codificada para atingir o pecador. O objetivo da evangelização, que é levar o pecador a Cristo para salvação, é devidamente esquematizado pelo evangelismo, que estrutura a verdadeira teologia da salvação, para que esta não descambe para outros objetivos. Finalmente, o evangelismo procura tratar de uma análise do pecador, das influências que sofre no seu mundo interior, mergulhado que está neste contexto de pecado, e identifica, pela sabedoria do Espírito Santo, a maneira como alcançar o pecador no seu “status” e na sua localização ou no seu contexto. Tudo isto pertence ao âmbito do evangelismo.
Desta maneira, Stott (2008) também define que existe um método principal. Segundo o autor “Toda igreja que já ouviu o evangelho, deve passá-lo adiante. Este continua sendo o método principal evangelístico de Deus. Se todas as igrejas tivessem sido fiéis, o mundo já teria sido evangelizado há muito tempo.” (STOTT, 2005, p.106).
No trecho anterior o autor está se referindo ao anúncio das Boas Novas, isto é, o Evangelho de Jesus Cristo, que consiste na própria, evangelização, onde afirma ser este o método principal e que deve ser passado para outros, contudo ele observa que isso não acontece. Ou seja, para Stott (2008), embora existam muitos métodos, a evangelismo é um método principal.
            Sendo assim, evangelização pode ser considerada como a comunicação das boas novas e o evangelismo como a metodologia utilizada para o cumprimento desta tarefa.
Em contrapartida a tudo isto, segundo Molina (2014, p 15) “Não existe um método específico e definido para alcançar pessoa”. Desta forma, nas palavras do autor não existe um método determinado para alcançar pessoas. Ele vai contra a afirmação de Stott (2008), para o qual define o evangelismo como método principal subentendendo-se que existam outros, e contra o Smith (2002) que declara ser a evangelização o único método. Tais afirmações são contraditórias dentro da literatura.
Existem muitos termos sendo usados na literatura, afirmando que existem vários métodos na evangelização. Outros definem como tipos de evangelização. Segundo Berti (2010, p.33) “Além de métodos (tipos) de evangelização, é importante lembrar que existem diversas outras formas de se levar o evangelho”.
Segundo Coleman (2006, p.12) “Só este senso de missão pode mobilizar a nossas almas, e isto vale para qualquer método ou técnica empregado na pregação do evangelho do Reino”. Para o autor não existem somente métodos, mas também técnicas utilizadas, ou seja, a evangelismo para ele não é o único método, como também existem técnicas e métodos.
Segundo Pujic (2014, p.18),
A estratégia evangelística mais amplamente adotada é ensinar as pessoas a respeito do evangelho, verificar se elas se conduzem de acordo com as doutrinas, e finalmente aceita-las, para que pertençam ao corpo simbólico de Cristo. Esse método tem-se mostrado improprio e ineficaz, no mundo ocidental pós-moderno.
O autor fala do ensino do evangelho e das doutrinas, pois segundo ele trata-se de um método, mas também de uma estratégia. Porém destaca ser uma forma não apropriada para a igreja ocidental.
Da mesma forma, segundo Fernandes, (2007, p.58),
[...] o aprendizado do evangelho em si, que segundo Jesus, seria o método de aprendizagem indispensável à continuidade da vida futura de cada indivíduo. No evangelho de João capítulo 17 e versículo 3, Jesus nos informa que: Absorver conhecimento sobre ele e sobre o único Deus verdadeiro, significará “vida eterna”. Percebendo que estão indo na contramão do que Jesus pregou quando enfatizou que o único método para se chegar a Deus, seria aprendendo e ensinando sobre ele [...]
O autor destaca a evangelização como o meio de aprendizado, de ensinamento do evangelho para se chegar à Deus. Pois a evangelização designa ensinar, anunciar, pregação de qualquer doutrina ou ideia. (Houaiss, 2001).
Para outros autores existem vários métodos de evangelismo, conforme exemplos a seguir:
Nunes (2014) escreve do Evangelismo pessoal; Esse meio de evangelismo refere-se a uma pessoa cristã já conhecedora do evangelho, que o compartilha com outra pessoa não salva, isso acontece naturalmente.
Grigório (2009) escreve sobre o Socrático; Esse meio de evangelismo pelo do qual argumenta-se com o não-cristão acerca da realidade, reflete-se sobre os argumentos que tem ouvido e tirar conclusões para uma conversa, uma troca de ideais.
Grigório (2009) escreve do Testemunhal – Esse meio em que a pessoa evangeliza falando da obra realizada por Deus em sua vida, é um testemunho do poder transformador do evangelho.
Nunes (2014) escreve da evangelização em Massa; Esse tipo de evangelização é aquele que atinge um grande número de pessoas para serem evangelizadas ao mesmo tempo, também conhecida como evangelismo de cruzadas.
Nunes (2014) escreve da Saturação; Esse tipo fala em agir no meio da saciedade, para alcançar um limite de espaço, em outras palavras, evangelismo no mais alto grau, esse meio propõe “saturar” uma área geográfica do bairro ou cidade para que cada pessoa daquela área.
Nunes (2014) escreve do Incorporativo; Esse meio de evangelismo é o suporte para o evangelismo em Saturação. (NUNES, 2014)
Gregório (2009) escreve da Confrontação; A evangelização confrontadora é a forma pela qual os cristãos encontram uma pessoa ou mais, que geralmente não conhecem e aproveitam a oportunidade para apresentar-lhe o evangelho.
Gregório (2009) escreve do Assistencial; É aquele que leva as Boas Novas através de alguma obra de ação social, seja abrigando crianças de rua, distribuindo alimentos e roupas aos carentes.
Molina (2014) escreve do Relacional ou de amizade; É o meio em que a pessoa a qual já possui amizades com outras, passa a ser usada por Deus para levar o Evangelho aos seus amigos;
Como pode ser constatado, para alguns autores existem vários métodos, para outros somente um, ou não existe um método definido. Enquanto outros existem métodos e técnicas. Mostrando assim uma indefinição em linhas gerais sobre uma demarcação exata da existência de métodos ou método de evangelização. Não havendo um consenso entre o meio acadêmico teológico e literário referente ao assunto.
Mesmo assim, todas as ações apresentadas na presente pesquisa são formas de aplicação para o método de evangelismo. Assim por exemplo o “método” de confrontação, não designa um conjunto de ações, tão pouco um programa, pois precisa estar associada a outras ações para constituir um método.  O método é a evangelismo, ele denota direção principal para todas as outras ações seja qual for. A evangelização se utiliza de diversos meios para conseguir a sua ampliação.  Ainda assim, o evangelismo será o método de evangelização. Para ser considerado como método, as ações indicadas pelos autores, haveria de ser acompanhadas de várias ações e não de uma forma isolada como apresentadas.
Enfim, as técnicas não podem ser confundidas como método. Na literatura teológica, aparentemente existe uma formulação de juízo, nascido da repetição contínua do termo método para toda e qualquer ação empregado na evangelização. Compreendendo que tal pressuposto do termo, é resultado justamente das repetições e não fruto de uma reflexão do real significado do termo método. Os métodos não são variados, pois a evangelização é a transmissão da informação e o evangelismo o método desta comunicação, o que diferencia são as formas a serem utilizadas na sua aplicação. A presente pesquisa levanta questões de ordem puramente analítica, contribuindo para a formação do saber.





[1] Definição adotada pelo Congresso sobre Evangelização, Berlim/1966.


6.3 Eficácia do Método de Evangelismo


Existe uma diferença entre eficiência e eficácia. Há a necessidade de fazer tal diferença entre os termos, para que não haja interpretação errônea quanto ao exposto na pesquisa e o objetivo proposto.
Segundo Houaiss (2001. p. 152),
Eficiência significa a “[...] capacidade de produzir um efeito real” e “Capacidade de obter maior rendimento com o mínimo de desperdício”, e eficiente é aquele “[...] Que realiza bem as suas funções” sendo que eficaz é “eficiente” e ainda “Seguro, infalível
Segundo Chiavenato (2004, p.128)
 A eficiência preocupa-se com os meios, com os métodos e procedimentos mais indicados que precisam ser devidamente planejados e organizados para assegurar a otimização da utilização dos recursos disponíveis. A eficiência não se preocupa com os fins, mas com os meios. Deste modo, o alcance dos objetivos não entra na esfera de competência da eficiência; é um assunto ligado à eficácia.
Eficiência está relacionado a fazer do jeito correto com o menor custo possível. A eficácia está relacionada a alcançar o resultado desejado, o objetivo com o menor tempo possível.  É relevante para a presente pesquisa, avaliar se o método de evangelismo está atingindo o objetivo, ou seja, levar a mensagem das Boas Novas no menor tempo possível, alcançando o maior número de pessoas, através de várias técnicas utilizados para tal.

Eficiência = Menor custos    Eficácia = Menor Tempo/Objetivo. Desta forma a presente pesquisa terá seu foco restrito na avaliação da eficácia do método, tempo/objetivo, através das técnicas utilizadas com ou sem recursos tecnológicos, para melhor entendimento do trabalho em questão.

Angélica Dantas