Dispensação vem do Grego OIKO= CASA e NOMOS=LEI,
GOVERNO. Uma dispensação é o governo duma casa.
Nas escrituras vemos que Deus tem 2 casas:
Nas escrituras vemos que Deus tem 2 casas:
- A casa de Israel (Act. 2.36).
- A
casa da fé (ou, domésticos da fé) (Gál. 6.10).
Definições básicas ou necessárias:
É uma forma
especifica de Deus agir junto ao homem por um determinado período de tempo que
se caracteriza pela uniformidade de revela e mediante condições estabelecidas
de acordo com as alianças divinas.
Três conceitos básicos importantes estão implícitos nesta definição:
a- Um
Propósito de revelação divina quanto à vontade de Deus, incorporando o que Deus
exige quanto a sua conduta, sendo que dentro de cada dispensação Deus vai
revelar a sua vontade para com o homem.
b- A mordomia do homem –desta revelação divina
na qual ele é responsável de obedecer e cumprir, da qual o homem se torna
mordomo. Derivando da palavra grega iokonomia, que é administrador dos
mistérios de Deus que são revelados em cada dispensação, tornando assim um
edificador das revelações de Deus. A palavra grega para descrever essa expressão
de um edificador é iokodomem (edificador)
c- Um
período de tempo – geralmente chamado de século durante o qual essa revelação
divina prevalece testando a obediência do homem. As dispensações em sequência
ou progressivas dos procedimentos de Deus para com o homem.
Em alguns casos durante
certas dispensações, Deus trata somente com um povo em particular, e esse povo
especificamente falando está relacionado com o povo de Israel, e em outras
dispensações com todo a raça humana. Estas dispensações não são modos ou meios
separados ou privilégio de salvação para alguns e pena maior para outros.
Durante cada uma delas, o homem é reconciliado com Deus, e isso mediante a obra
de Cristo, o cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, realizado na e
vindicado em sua ressurreição. Antes da cruz o homem era salvo em perspectiva
do sacrifício expiador de Cristo representado pelo cordeiro imolado, crendo
assim numa revelação que fora dado até então. A fé e a esperança da vinda do
messias concretizavam o objeto da expiação para o veículo da salvação.
O propósito de cada dispensação é colocar o
homem sob uma especifica regra de conduta, mas tal mordomia não é uma condição
de salvação. Em cada uma das dispensações que já passaram, o homem que não se
regenerou fracassou, e ele tem fracassado nesta atual, e fracassará no futuro.
No entanto, a salvação tem sido e sempre será dispensado pela graça de Deus
mediante a nossa fé e a nossa crença no poder salvífico da morte vicária de
Cristo na cruz.
DISPERSAÇÃO
DO MILÊNIO
O plano redentor de Deus para com o homem termina
com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do
Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e
será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28;
é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21.
A juntura destes "Séculos", presente e
vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às
vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil
anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda
etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do
grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde
Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço
de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus para onde
foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer
"Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos
tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a
redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século
vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça.
A dupla revelação
do Milênio será feita:
l. Pela presença
pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;
2. O Sermão do
Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma
legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a
Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime
teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
O TIPO DE GOVERNO
O
tipo de governo do reino messiânico milenar será a teocracia. Essa é a mesma
forma de governo que Deus usou com Israel, no período do antigo testamento.
Somente durante o milénio Jesus reinará de maneira pessoal e visível sobre a
humanidade. Seu reino será de um reino absoluto e amoroso. Como consequência,
haverá uma justiça completa e absoluta para todos, e o pecado será punido
imediatamente.
A SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será Washington, Londres,
Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes
pisada pelos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a
realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado,
na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de
toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei.
Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is
2.2-4.
OS SEUS GOVERNANDES
Aparentemente,
Davi será o regente desse reino milenar. Muitas profecias falam de lugar de
destaque desse reino. (Jr. 30:9; Ez.37:24-25) Portanto Davi será ressuscitado
na segunda vinda de Jesus de Cristo, juntamente com os outros santos do antigo
testamento. Atuará com príncipe, estando sob a autoridade de Cristo, o rei.
A
autoridade das 12 tribos de Israel será entregue aos 12 apóstolos. (Mt.19;28).
De modo semelhante outros príncipes e nobres compartilharam as tarefas de
governantes. (Is. 32:1; Jr.30:21). Parece que muitos outros ocuparam posição
hierárquicas menores nos vários departamentos do governo desse reino. A
parábola das minas (Lc.19:11-27) indica que aqueles que provaram a sua
fidelidade receberão muita autoridade. A igreja terá uma parte no governo da
terra. (Ap.5-10). Embora muito dos procedimentos normais de um governo sejam
realizados por seus subordinados, Cristo reinará sobre todos.
OS PRIMEIROS SÚDITOS
Os
primeiros súditos desse reinado de Cristo, serão os gentios e judeus que
sobreviverem a tribulação e entrarem no reino em seus corpos mortais. Logo no
início do milênio, todos os habitantes da terra serão redimidos, pois os
não-redimidos terão sidos julgados na volta de Cristo. Parece óbvios que os
bebes nascerão imediatamente, pois, assim, depois de poucos anos poderão
decidir por si mesmo a relacionamento espiritual terão com o rei. Precisarão
submeter-se ao Rei exteriormente, mas se demonstrarão fidelidade em seu
coração, é uma questão de escolha pessoal. Todos precisarão aceita-lo como Rei;
mas nem todos o aceitem como salvador. Todas estas pessoas estrão vivendo em
corpos mortais. Os santos ressurretos possuirão corpos ressurreto, os quais não
estrão sujeitos a limitações físicas. Isso também significa que não irão
contribuir para os possíveis problemas de espaço, de comida, ou de governo
durante o milênio
A BÍBLIA NO SEU
TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e
universal, Dn 2.34,35; 2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48; 3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18; 4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13; 5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6; 6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5; 7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.
Haverá duas classes
de pessoas:
1. Glorificados e 2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os do
período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus sobreviventes
da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os nascidos no
Milênio.
A cena final e a justificação do grande Trono
Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas
as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.
O julgamento
iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:
7. Cada pessoa
serei julgada',
2. Os inimigos do
Rei serão punidos',
3. Os inimigos
espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os
demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob
seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e
louvor para sempre. Amém
OUTROS PONTOS DE VISTA EM RELAÇÃO AO MILENIO
·
Para os milenistas negam
a literalidade dos mil anos de apocalipse. Para eles os mil anos equivalem a
dez elevado a terceira potência. Considerado para eles um tempo ideal. Tal
intepretação surgiu com Agostinho, onde segunde ele dez elevados ao cubo
representa a perfeição de Deus ou plenitude do tempo.
·
Para alguns autores o
fato do livro de apocalipse ser um livro simbólicos, não significa que tudo é
simbólico, levando ao entendimento que perfeitamente normal entender os mil
anos de forma literal.
·
Quanto as
características do Reinado, alguns afirmam que o reino milenar não poderá ser
espiritual, pois será aqui na terra.
·
Haverá o primeiro
julgamento o qual será dos cristãos. Paulo deixa claro que esse julgamento
envolve aqueles que edificaram cobre o fundamento, Jesus Cristo (1Co. 3;11-12)
A natureza das obras dos cristãos será examinada para distinguir obras dignas
das que não tem valor. Tantos os bons quanto os maus motivos serão expostos. Esse
julgamento aparentemente ocorrerá logo após o arrebatamento da igreja, pois os
24 anciões são vistos usando coroas no evento ocorrido no céu logo no início da
tribulação (Ap.4:4-10). Caso as obras sejam boas receberá as recompensas ou
galardão caso contrário haverá perda.
·
Para os pós-milenistas,
o milénio será um longo período de tempo, mas não necessariamente mil anos.
Talvez muito mais longo que mil anos.
·
Os pós-milenistas,
acreditam na volta literal de Cristo no final do milénio. Seu retorno será imediato
seguido pela ressurreição e pelo julgamento generalizados. Para os
pós-milenistas, algumas passagens que falam de um reino triunfante de Cristo
não foram cumpridas na história conclui-se que serão cumpridas no futuro, mas
devem ocorrer antes da segunda vinda de Cristo. (sl. 2:8; 22-27; 47-72;
Is.2:2-4; 11:6-9; Jr.31:34
·
Para os pré-milenistas
acreditam que tais passagens só devem acontecer depois da volta de Cristo
·
Para os amilenistas tem
base nos pensamentos de agostinho, para eles não ocorrerá um milénio terreno
futuro, pois esse período não existe em seu sistema teológico. Sendo o milênio
sendo o período de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Durante
os “mil anos” enquanto o diabo estiver amarrado os santos também reinarão durante
‘mil anos’. Contudo satanás amarrado, não significa que ele não possui poder
para enganar, mas que, durante o período entre as duas vindas, ele não tem
permissão para usar todos os seus poderes. Pouco antes do fim, satanás será
libertado para enganar as nações contra a igreja, uma rebelião que Deus dará
fim. Isso será seguido pelo juízo geral e pelo estado eterno. Agostinho
entendia que os mil anos são literais.
·
Calvino como Lutero
também tinham visões amilenistas. Calvino criticava, a ideia e milênio,
chamando de “sonho” “ficção” “blasfêmia intolerável”
·
Para os pós-milenistas
não há arrebatamento distinto.
·
Para os pré-milenistas
oferecem quatro respostas quanto ao arrebatamento da igreja: Julgamento parcial
(ou seja somente certos cristãos serão arrebatados), pré-tribulacional,
mesotribulacional ou pós-tribulacional.
·
Para os amilenistas
todos serão ressuscitados e julgados de forma generalizada.
REFERÊNCIAS
Ryrie. Charles C. Teologia básica ao alcance de todos.
Tradução: Jarbas Aragão. - São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
http://solascripturatt.org/EscatologiaEDispensacoes/DispensacoesEAliancasDeus-AlcinoLToledo.htm
http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/SeteDispensacoes-IgQuintaConde.htm
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