sexta-feira, 8 de julho de 2016

DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU ALIANÇA MILÊNICA



 Dispensação vem do Grego OIKO= CASA e NOMOS=LEI, GOVERNO. Uma dispensação é o governo duma casa.

Nas escrituras vemos que Deus tem 2 casas:
  • A casa de Israel (Act. 2.36).
     
  • A casa da fé (ou, domésticos da fé) (Gál. 6.10).
Definições básicas ou necessárias:
 É uma forma especifica de Deus agir junto ao homem por um determinado período de tempo que se caracteriza pela uniformidade de revela e mediante condições estabelecidas de acordo com as alianças divinas.

 Três conceitos básicos importantes estão implícitos nesta definição:
a-      Um Propósito de revelação divina quanto à vontade de Deus, incorporando o que Deus exige quanto a sua conduta, sendo que dentro de cada dispensação Deus vai revelar a sua vontade para com o homem.
b-        A mordomia do homem –desta revelação divina na qual ele é responsável de obedecer e cumprir, da qual o homem se torna mordomo. Derivando da palavra grega iokonomia, que é administrador dos mistérios de Deus que são revelados em cada dispensação, tornando assim um edificador das revelações de Deus. A palavra grega para descrever essa expressão de um edificador é iokodomem (edificador)
c-      Um período de tempo – geralmente chamado de século durante o qual essa revelação divina prevalece testando a obediência do homem. As dispensações em sequência ou progressivas dos procedimentos de Deus para com o homem.
Em alguns casos durante certas dispensações, Deus trata somente com um povo em particular, e esse povo especificamente falando está relacionado com o povo de Israel, e em outras dispensações com todo a raça humana. Estas dispensações não são modos ou meios separados ou privilégio de salvação para alguns e pena maior para outros. Durante cada uma delas, o homem é reconciliado com Deus, e isso mediante a obra de Cristo, o cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, realizado na e vindicado em sua ressurreição. Antes da cruz o homem era salvo em perspectiva do sacrifício expiador de Cristo representado pelo cordeiro imolado, crendo assim numa revelação que fora dado até então. A fé e a esperança da vinda do messias concretizavam o objeto da expiação para o veículo da salvação.
 O propósito de cada dispensação é colocar o homem sob uma especifica regra de conduta, mas tal mordomia não é uma condição de salvação. Em cada uma das dispensações que já passaram, o homem que não se regenerou fracassou, e ele tem fracassado nesta atual, e fracassará no futuro. No entanto, a salvação tem sido e sempre será dispensado pela graça de Deus mediante a nossa fé e a nossa crença no poder salvífico da morte vicária de Cristo na cruz.
DISPERSAÇÃO DO MILÊNIO
 O plano redentor de Deus para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21.
A juntura destes "Séculos", presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça.
A dupla revelação do Milênio será feita:
l. Pela presença pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;
2. O Sermão do Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
O TIPO DE GOVERNO
            O tipo de governo do reino messiânico milenar será a teocracia. Essa é a mesma forma de governo que Deus usou com Israel, no período do antigo testamento. Somente durante o milénio Jesus reinará de maneira pessoal e visível sobre a humanidade. Seu reino será de um reino absoluto e amoroso. Como consequência, haverá uma justiça completa e absoluta para todos, e o pecado será punido imediatamente.
A SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes pisada pelos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4.
OS SEUS GOVERNANDES 
            Aparentemente, Davi será o regente desse reino milenar. Muitas profecias falam de lugar de destaque desse reino. (Jr. 30:9; Ez.37:24-25) Portanto Davi será ressuscitado na segunda vinda de Jesus de Cristo, juntamente com os outros santos do antigo testamento. Atuará com príncipe, estando sob a autoridade de Cristo, o rei.
            A autoridade das 12 tribos de Israel será entregue aos 12 apóstolos. (Mt.19;28). De modo semelhante outros príncipes e nobres compartilharam as tarefas de governantes. (Is. 32:1; Jr.30:21). Parece que muitos outros ocuparam posição hierárquicas menores nos vários departamentos do governo desse reino. A parábola das minas (Lc.19:11-27) indica que aqueles que provaram a sua fidelidade receberão muita autoridade. A igreja terá uma parte no governo da terra. (Ap.5-10). Embora muito dos procedimentos normais de um governo sejam realizados por seus subordinados, Cristo reinará sobre todos.
OS PRIMEIROS SÚDITOS
            Os primeiros súditos desse reinado de Cristo, serão os gentios e judeus que sobreviverem a tribulação e entrarem no reino em seus corpos mortais. Logo no início do milênio, todos os habitantes da terra serão redimidos, pois os não-redimidos terão sidos julgados na volta de Cristo. Parece óbvios que os bebes nascerão imediatamente, pois, assim, depois de poucos anos poderão decidir por si mesmo a relacionamento espiritual terão com o rei. Precisarão submeter-se ao Rei exteriormente, mas se demonstrarão fidelidade em seu coração, é uma questão de escolha pessoal. Todos precisarão aceita-lo como Rei; mas nem todos o aceitem como salvador. Todas estas pessoas estrão vivendo em corpos mortais. Os santos ressurretos possuirão corpos ressurreto, os quais não estrão sujeitos a limitações físicas. Isso também significa que não irão contribuir para os possíveis problemas de espaço, de comida, ou de governo durante o milênio
A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e universal, Dn 2.34,35;  2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48;  3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18;  4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13;  5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6;  6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5;  7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.  
Haverá duas classes de pessoas:
1. Glorificados e  2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os do período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os nascidos no Milênio.
A cena final e a justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.  
O julgamento iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:
7. Cada pessoa serei julgada',
2. Os inimigos do Rei serão punidos',
3. Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor para sempre. Amém

OUTROS PONTOS DE VISTA EM RELAÇÃO AO MILENIO
·         Para os milenistas negam a literalidade dos mil anos de apocalipse. Para eles os mil anos equivalem a dez elevado a terceira potência. Considerado para eles um tempo ideal. Tal intepretação surgiu com Agostinho, onde segunde ele dez elevados ao cubo representa a perfeição de Deus ou plenitude do tempo.
·         Para alguns autores o fato do livro de apocalipse ser um livro simbólicos, não significa que tudo é simbólico, levando ao entendimento que perfeitamente normal entender os mil anos de forma literal.
·         Quanto as características do Reinado, alguns afirmam que o reino milenar não poderá ser espiritual, pois será aqui na terra.
·         Haverá o primeiro julgamento o qual será dos cristãos. Paulo deixa claro que esse julgamento envolve aqueles que edificaram cobre o fundamento, Jesus Cristo (1Co. 3;11-12) A natureza das obras dos cristãos será examinada para distinguir obras dignas das que não tem valor. Tantos os bons quanto os maus motivos serão expostos. Esse julgamento aparentemente ocorrerá logo após o arrebatamento da igreja, pois os 24 anciões são vistos usando coroas no evento ocorrido no céu logo no início da tribulação (Ap.4:4-10). Caso as obras sejam boas receberá as recompensas ou galardão caso contrário haverá perda.
·         Para os pós-milenistas, o milénio será um longo período de tempo, mas não necessariamente mil anos. Talvez muito mais longo que mil anos.
·         Os pós-milenistas, acreditam na volta literal de Cristo no final do milénio. Seu retorno será imediato seguido pela ressurreição e pelo julgamento generalizados. Para os pós-milenistas, algumas passagens que falam de um reino triunfante de Cristo não foram cumpridas na história conclui-se que serão cumpridas no futuro, mas devem ocorrer antes da segunda vinda de Cristo. (sl. 2:8; 22-27; 47-72; Is.2:2-4; 11:6-9; Jr.31:34
·         Para os pré-milenistas acreditam que tais passagens só devem acontecer depois da volta de Cristo
·         Para os amilenistas tem base nos pensamentos de agostinho, para eles não ocorrerá um milénio terreno futuro, pois esse período não existe em seu sistema teológico. Sendo o milênio sendo o período de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Durante os “mil anos” enquanto o diabo estiver amarrado os santos também reinarão durante ‘mil anos’. Contudo satanás amarrado, não significa que ele não possui poder para enganar, mas que, durante o período entre as duas vindas, ele não tem permissão para usar todos os seus poderes. Pouco antes do fim, satanás será libertado para enganar as nações contra a igreja, uma rebelião que Deus dará fim. Isso será seguido pelo juízo geral e pelo estado eterno. Agostinho entendia que os mil anos são literais.
·         Calvino como Lutero também tinham visões amilenistas. Calvino criticava, a ideia e milênio, chamando de “sonho” “ficção” “blasfêmia intolerável”
·         Para os pós-milenistas não há arrebatamento distinto.
·         Para os pré-milenistas oferecem quatro respostas quanto ao arrebatamento da igreja: Julgamento parcial (ou seja somente certos cristãos serão arrebatados), pré-tribulacional, mesotribulacional ou pós-tribulacional.
·         Para os amilenistas todos serão ressuscitados e julgados de forma generalizada.

           
REFERÊNCIAS
Ryrie. Charles C. Teologia básica ao alcance de todos. Tradução: Jarbas Aragão. - São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
http://solascripturatt.org/EscatologiaEDispensacoes/DispensacoesEAliancasDeus-AlcinoLToledo.htm

http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/SeteDispensacoes-IgQuintaConde.htm

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